O Leilão de Destinos: Leia o Primeiro Capítulo Completo
- Flávio Macieira
- há 1 dia
- 3 min de leitura
Autor: Pastor Flávio Macieira - 2025

Sente que seu valor está em jogo na corrida pelo sucesso? Descubra uma paz que não tem preço...
Gostaria de convidá-lo a entrar no mundo de Leo, um homem que, como muitos de nós, se sente esmagado pela pressão de um mundo que parece um leilão constante...

Capítulo 1
O Peso do "Ainda Não"
Sexta-feira. O relógio na parede do escritório parecia zombar de Leo, seus ponteiros se arrastando pelas últimas horas da semana com uma lentidão deliberada. Para a maioria, era um prelúdio para o descanso. Para Leo, era apenas o apito inicial de quarenta e oito horas de silêncio e autoavaliação.
O som de palmas estalou no ar-condicionado do escritório, quebrando sua concentração. Marcos, da mesa ao lado, estava de pé, um sorriso largo estampado no rosto, recebendo tapinhas nas costas do diretor do departamento. A promoção. A vaga que Leo havia se preparado por meses, sacrificando noites e fins de semana, havia sido preenchida.
"Parabéns, cara! Você mereceu", disse Leo, forçando um sorriso que não alcançou seus olhos. O aperto de mão foi firme, mas seu interior se contraía. Não era ódio; Marcos era um bom sujeito. Era algo mais corrosivo: o ácido da injustiça, a sensação amarga de ser preterido. Ele sentiu o calor subir pelo pescoço, uma raiva silenciosa de um roteiro que parecia ter sido escrito por outra pessoa, um roteiro no qual ele era sempre o coadjuvante.
O clique da porta de seu apartamento soou mais alto do que o normal naquela noite, ecoando no silêncio que o aguardava. O espaço era impecável, organizado e tão impessoal quanto um quarto de hotel. Era o cenário de uma vida que parecia bem-sucedida por fora, mas que por dentro, parecia vazia. Em um reflexo quase involuntário, sua mão buscou o celular no bolso. O antídoto para a solidão. Ou o veneno.
O feed infinito era um desfile de narrativas de sucesso que não eram a sua. Um amigo de faculdade, em frente à Torre Eiffel, ajoelhado, com a legenda "Ela disse sim!". Outro post, um ultrassom em preto e branco com milhares de corações. Um contato do LinkedIn anunciando uma rodada de investimentos milionária para sua startup. Cada imagem, um pequeno monumento a uma vida que Leo sentia que já deveria estar vivendo. Cada post, uma prova de que seu relógio estava irremediavelmente atrasado.
Seu telefone tocou. Era Ana, sua melhor amiga, a única pessoa que parecia imune àquele verniz digital.
"Leo! Você não vai acreditar!", a voz dela borbulhava de alegria do outro lado da linha. "Fui aprovada para o mestrado em Dublin! A carta chegou hoje!"
Ele tentou. Ele vasculhou dentro de si em busca de uma centelha de felicidade genuína por ela. Mas tudo o que encontrou foram as cinzas de sua própria decepção. "Uau, Ana. Que... que incrível. Parabéns."
"Incrível? É um milagre! Estou nas nuvens! Precisamos comemorar!"
"Sim... claro. Com certeza", respondeu ele, sua voz um eco distante da dela.
A conversa durou mais alguns minutos, com Ana descrevendo seus sonhos e Leo respondendo com monossílabos. Quando desligou, o brilho frio da tela escura refletiu seu próprio rosto cansado. O silêncio do apartamento voltou, mas agora era mais pesado, denso. Estava preenchido não por uma ausência de som, mas pela presença esmagadora de uma única palavra que definia sua existência.
Ainda não.
Ainda não promovido. Ainda não casado. Ainda não realizado. Ainda não feliz. O peso do "ainda não" era a âncora que o prendia no lugar, enquanto o mundo inteiro parecia navegar em mar aberto.
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