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O TRIBUNAL ONDE O JUSTO VENCE

Por: Pastor Flávio Macieira - 2025 | Salmo 7 na série "O CANCIONEIRO DA ALMA"

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Você já se sentiu falsamente acusado? Não me refiro a um pequeno mal-entendido, mas a uma acusação séria, que mancha sua reputação e vira as pessoas contra você. É como ser levado a um tribunal onde as testemunhas mentem, as evidências são forjadas e o júri já parece convencido da sua culpa antes mesmo de você abrir a boca. A sensação é de impotência total. Você grita sua inocência, mas sua voz ecoa no vazio. O desejo que queima na alma não é apenas por liberdade, mas por vindicação. Por um juiz justo que finalmente se levante e declare a verdade.


Davi está nesse tribunal. Ele está sendo caçado como um animal por inimigos que o caluniam, que pintam um retrato dele como um homem mau e traiçoeiro. Ele está exausto, acuado e sua reputação está em frangalhos. E neste momento de desespero, ele não apela para o tribunal dos homens, mas leva seu caso diretamente à suprema corte do universo. O Salmo 7 é a sua petição inicial, o seu clamor por um julgamento justo diante do único Juiz que não pode ser enganado.


Ele nos ensina a orar quando a injustiça bate à nossa porta:

“Senhor, meu Deus, em ti me refugio; salva-me de todos que me perseguem. Livra-me! (...) Se fiz o que me acusam, se pratiquei alguma injustiça, se paguei com o mal a quem me fez o bem, ou se despojei meu inimigo sem motivo, então que meus inimigos me persigam e me alcancem; que me pisem no chão e me arrastem no pó. (...) Ó Senhor, Deus de justiça, que examinas pensamentos e intenções, acaba com a maldade dos perversos e firma os justos. Deus é meu escudo; ele salva os que têm coração íntegro.” Salmo 7:1, 3-5, 9-10 (NVT)

Que oração corajosa e vulnerável! Davi começa declarando seu refúgio: "Em ti me refugio". Ele corre para o tribunal de Deus, não para longe dele. E então ele faz algo que exige uma coragem imensa: ele se coloca sob juramento. "Se eu fiz o que me acusam... então que o pior me aconteça". Nós teríamos essa audácia? Eu confesso que hesitaria. Essa não é a arrogância de um homem perfeito, mas a confiança de um homem íntegro em sua motivação, que está disposto a ter seus pensamentos e intenções examinados pelo Justo Juiz.


A paixão de Davi não é por vingança, mas por justiça. Ele não pede para destruir seus inimigos, mas para que Deus "acabe com a maldade dos perversos e firme os justos". Ele está pedindo que a ordem moral do universo seja reafirmada. Ele anseia ver o bem vencer o mal. E é nessa confiança no caráter de Deus como Juiz que ele encontra sua paz. Sua defesa não está em sua própria habilidade de argumentar, mas na certeza de que "Deus é meu escudo".


Este Salmo nos oferece um caminho libertador para lidar com a injustiça. Em vez de nos consumirmos com a amargura, a autopiedade ou o planejamento de uma vingança, somos convidados a entregar nosso caso ao Tribunal Superior. É o ato de dizer: "Senhor, esta causa é grande demais para mim. A injustiça me sufoca. Eu entrego a Ti os autos do processo, a minha reputação ferida, o meu desejo de ver a verdade prevalecer. Sê Tu o meu advogado, o meu Juiz e o meu escudo".


Que tal levarmos o nosso caso ao Juiz hoje?


Pense em uma injustiça ou acusação que pesa sobre você, seja ela grande ou pequena, recente ou antiga. Em vez de remoer o ocorrido, escreva uma pequena "petição" a Deus. Comece como Davi: "Senhor, meu Deus, em ti me refugio...". Descreva a situação e termine entregando o veredito a Ele: "Acaba com a maldade e firma o que é justo. Sê Tu o meu escudo". Deixe o caso nas mãos dEle e descanse.


Para que a justiça de Deus se torne o nosso refúgio, vamos refletir juntos:

  • Qual é a sua reação imediata quando você é falsamente acusado ou tratado com injustiça?

  • A ideia de pedir a Deus que "examine seus pensamentos e intenções" te conforta ou te assusta? O que isso revela sobre seu coração?

  • Como a confiança em Deus como o Juiz final pode te libertar da necessidade de "fazer justiça com as próprias mãos"?


Vamos nos apresentar diante do Justo Juiz.


Senhor, Deus de justiça, hoje eu corro para o Teu tribunal. Eu me sinto perseguido pelas acusações, pela maldade e pela injustiça. Eu me refugio em Ti. Examina meu coração, minhas intenções, e se houver maldade em mim, purifica-me. Mas se sou inocente nesta causa, peço: sê o meu escudo e o meu defensor. Levanta-te, Juiz de toda a terra, e faze a Tua justiça prevalecer. Acaba com a maldade e firma os justos. Eu descanso na certeza de que Tu és o meu refúgio seguro. Amém.

Não perca sua paz no tribunal dos homens. Apresente seu caso ao Juiz dos céus.

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