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O DEUS QUE ABALA A TERRA

Por: Pastor Flávio Macieira - 2025 | Salmo 18 na série "O CANCIONEIRO DA ALMA"

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Imagine a cena final de um grande filme de ação. O herói está encurralado, ferido, sem esperança. Os inimigos avançam, a derrota é iminente. Ele está no fundo de um abismo, amarrado pelas "cordas da morte". E então, do fundo do seu desespero, ele solta um último clamor. E o impossível acontece. O céu escurece. A terra treme. As montanhas fumegam. E das nuvens escuras, um poder avassalador desce, não apenas para derrotar os inimigos, mas para abalar os próprios fundamentos do mundo e resgatar o herói de forma espetacular.


Nós amamos essas cenas no cinema, mas, se formos honestos, raramente esperamos algo parecido em nossa vida. Nossas lutas parecem tão... comuns. Nossas orações, tão silenciosas. O Salmo 18 é o testemunho de Davi, olhando para trás em sua vida e declarando que a intervenção de Deus não é menos dramática. Ele usa a linguagem mais épica e cósmica possível para descrever o que acontece no reino espiritual quando um filho de Deus clama por socorro.


Ele nos convida a lembrar que nosso Deus não é passivo; Ele é um guerreiro poderoso:

“Eu te amo, ó Senhor, minha força! O Senhor é minha rocha, minha fortaleza e meu libertador; meu Deus é meu rochedo, em quem me refugio. Ele é meu escudo, o poder que me salva e meu lugar seguro. Clamei ao Senhor, que é digno de louvor, e fui salvo de meus inimigos. As cordas da morte me envolveram, torrentes de destruição me assustaram. (...) Em minha angústia, clamei ao Senhor; gritei por socorro a meu Deus. De seu templo ele ouviu minha voz; meu grito chegou a seus ouvidos.” Salmo 18:1-3, 6 (NVT)

Que declaração de amor apaixonado abre este Salmo! "Eu te amo, ó Senhor, minha força!". Não é um amor distante, mas uma afeição forjada nas batalhas da vida. E então Davi empilha metáforas de segurança: rocha, fortaleza, rochedo, escudo. Para Davi, Deus não era uma ideia teológica; Ele era um lugar seguro. Ele era o bunker no meio da guerra, a muralha intransponível.


Eu confesso que, em minha angústia, minha primeira reação é focar no tamanho das "torrentes de destruição", e não no tamanho da minha Rocha. Davi nos mostra o caminho: no auge da angústia, o instinto dele é clamar. "Gritei por socorro". Não foi uma oração polida; foi um grito visceral. E o que esse grito provocou? No restante do Salmo, Davi descreve o universo se convulsionando em resposta: a terra treme, fumaça sai das narinas de Deus, fogo de Sua boca, Ele cavalga sobre um querubim.


Esta é uma linguagem poética para uma verdade literal: Deus leva o clamor do seu povo a sério. Ele não está indiferente à nossa dor. Quando nos sentimos no fundo do poço, nosso grito tem o poder de mover o céu e a terra, de acionar o poder do Criador em nosso favor. Talvez não vejamos terremotos literais, mas podemos confiar que o mesmo poder que abala os fundamentos está agindo em nosso favor, nos bastidores, para nos resgatar e nos colocar em um lugar seguro.


Que tal lembrarmos do poder do nosso Libertador hoje?


Lembre-se da última vez em que você se sentiu em profunda angústia, encurralado pelas "cordas da morte" (seja uma crise de ansiedade, uma dificuldade financeira, uma doença). Lembre-se do seu clamor. Agora, leia em voz alta os versos 1 e 2, mas de forma pessoal: "O Senhor é minha rocha, minha fortaleza e meu libertador...". Aproprie-se dessas verdades como sua própria declaração de fé, agradecendo a Deus por ter ouvido o seu grito.


Para que a força que provém de Deus se torne a nossa realidade diária, vamos refletir juntos:

  • Qual das metáforas de Davi para Deus (rocha, fortaleza, escudo, etc.) mais ressoa com sua necessidade hoje?

  • Como a imagem de Deus "abalando a terra" em resposta ao seu clamor muda a forma como você enxerga o poder da sua oração?

  • Davi começa o Salmo com "Eu te amo". Como as experiências de livramento fortalecem nosso amor por Deus, e não apenas nossa fé nEle?


Vamos clamar ao nosso Guerreiro e Libertador.


Eu te amo, Senhor, minha força! Tu és a minha rocha, a minha fortaleza, o meu lugar seguro. Perdoa-me pelas vezes que duvido do Teu poder e me sinto órfão na batalha. Lembro-me de que, em minha angústia, eu clamei, e o Senhor me ouviu. Nenhum grito meu se perdeu. Obrigado por estenderes a Tua mão do alto e me resgatares. Confio em Ti, meu escudo e o poder da minha salvação. Em nome de Jesus. Amém.

Sua oração não é um sussurro no vazio; é um trovão que ecoa na sala do trono.

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  • Comente aqui embaixo como o Salmo 18 te lembra do poder de Deus em suas lutas.

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