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Escolha um Lado: O Perigo do Coração Dividido

Por: Pastor Flávio Macieira — 2025

Esta reflexão faz parte da série "O Fogo da Verdade no Monte Carmelo", inspirada nos temas do livro "A Terapia do Deserto".

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Na jornada da fé, a indecisão não é uma pausa; é um retrocesso.


A rolagem infinita no catálogo da Netflix, a paralisia diante de um menu com dezenas de opções, o medo de se comprometer com um caminho por receio de perder todos os outros. Nossa cultura sofre de uma "epidemia de opções" e nos ensina a manter nossos compromissos em aberto. Mas e se, na vida espiritual, essa tentativa de "ter tudo" for a maneira mais segura de não ter nada de valor? É para esse coração paralisado pela indecisão que a pergunta de Elias no Monte Carmelo ecoa com uma urgência desconcertante.

“Elias, chegando-se a todo o povo, disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.” (1 Reis 18:21 ARA)

Após reunir a nação, Elias não faz um longo sermão. Ele oferece um diagnóstico cirúrgico da alma de Israel. A imagem que ele usa é a de "coxear" ou "mancar". É a figura de alguém tentando andar com um pé em cada lado de uma cerca, sem conseguir avançar em nenhuma direção. O povo queria o melhor dos dois mundos: a aliança histórica com o SENHOR e os benefícios de prosperidade prometidos por Baal, o deus da cultura dominante. Eles não queriam abandonar Deus, mas também não queriam abandonar os ídolos. A resposta deles à pergunta cortante de Elias? Um silêncio ensurdecedor. Um silêncio de apatia, de medo, de uma fé sem convicção.


Imagine uma pessoa parada com um pé firme no cais e o outro em um barco que começa a se afastar lentamente da margem. Por um breve instante, ela tem contato com os dois mundos. Mas a cada segundo, a distância aumenta, a posição se torna mais instável e dolorosa, e a queda na água gelada não é mais uma possibilidade, mas uma certeza iminente. A indecisão de tentar ficar nos dois lugares é, na verdade, a decisão de acabar em nenhum deles. Tentar servir a Deus e aos ídolos do mundo é essa tentativa insustentável de viver no cais da segurança de Deus e no barco dos prazeres da cultura ao mesmo tempo.


Os "Baals" de hoje não são estátuas de pedra, mas são igualmente exigentes em sua adoração. Há o Baal da Segurança Financeira, que exige nossa ansiedade e nosso tempo extra. Há o Baal da Aprovação Social, que exige que modelemos nossas convicções para caber na opinião popular. Há o Baal do Eu Soberano, que exige que mantenhamos o controle final sobre todas as nossas decisões. Nossa cultura nos diz que podemos ter Jesus "e também" uma devoção a esses outros senhores. O chamado radical do cristianismo, ecoado por Elias, é que a adoração ao Deus verdadeiro é, por natureza, exclusiva. Jesus não pede para ser o primeiro em nossa lista de prioridades; Ele pede para ser a lista inteira.


Por que hesitamos em escolher? O medo. Medo do que vamos perder se nos entregarmos por completo a Deus. Medo de sermos vistos como radicais ou extremistas. Medo de abrir mão de um ídolo que, secretamente, ainda nos dá algum conforto ou prazer. A graça de Deus nos encontra nesse lugar de medo. O chamado de Deus à exclusividade não é a exigência de um tirano, mas o convite de um Pai amoroso que sabe que um coração dividido é um coração miserável e ansioso. A ordem "escolha!" é, na verdade, a porta para a liberdade. A graça não nos dá a força para vivermos em dois mundos; ela nos dá a liberdade e a alegria de escolhermos o único mundo que realmente importa.


Seu Próximo Passo de Fé

Identifique a principal área onde você se sente "manco" ou dividido (suas finanças, seus relacionamentos, seu uso do tempo). Nesta semana, tome uma decisão concreta, por menor que seja, que demonstre sua escolha de seguir somente a Deus naquela área. A decisão se manifesta na ação.


O Espelho da Alma

  1. Entre quais "dois pensamentos" você se sente mais dividido em sua vida hoje?

  2. Qual é o medo por trás da sua hesitação em se consagrar totalmente a Deus em uma área específica?

  3. Como a analogia da pessoa com um pé no cais e outro no barco descreve a ansiedade de uma vida dividida?


Oração

Senhor, Deus de clareza e verdade, perdoa-me pelo meu coração dividido. Perdoa-me por tentar mancar entre a lealdade a Ti e a atração pelos ídolos do meu tempo. Expõe as áreas da minha vida onde estou hesitando em Te seguir de todo o coração. Dá-me a coragem de fazer uma escolha clara e definitiva por Ti. Quero parar de mancar e andar com passos firmes em Teus caminhos. Em nome de Jesus, amém!

Um coração decidido por Deus descobre a liberdade de caminhar sem tropeçar.

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A reflexão que você acabou de ler explora um dos momentos cruciais da jornada de 40 dias do nosso livro, "A Terapia do Deserto". Para uma imersão completa neste e em outros temas, convidamos você a adquirir nossas publicações. Cada livro é um investimento em sua jornada e um apoio que nos permite continuar esta obra.


Aprofunde seus estudos em: Livros | Propagando a Palavra

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