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A Âncora que Segura no Vale | Devocional Sobre Fé e Sentimentos

Por: Pastor Flávio Macieira – 2025 | Série "FÉ NAS SOMBRAS"

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Chegamos ao lugar mais difícil do vale: a neblina. Ontem, demos permissão à nossa dúvida honesta, àquela luta de "Eu creio! Ajude-me!". Mas o que acontece quando a luta cessa e tudo o que resta é o silêncio e o vazio? O que fazemos quando a dor se transforma em dormência? Este é, para muitos de nós, o lugar mais assustador. A neblina do deserto espiritual onde não apenas não vemos a Deus, mas paramos de sentir qualquer coisa — seja raiva, seja fé, seja tristeza. Quando os sentimentos desaparecem, em que nos agarramos? Se a fé não for um sentimento, então, na prática, o que ela é?

É neste momento que a fé transita de uma emoção para uma decisão. É aqui que ela se torna uma âncora. O autor de Hebreus nos dá esta ordem poderosa: “Apeguemo-nos firmemente à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.” (Hebreus 10:23, NVT).

Observe o que o texto não diz. Ele não diz: "Apeguem-se firmemente aos seus sentimentos de esperança". Ele diz: "Apeguem-se à esperança que professamos". A nossa âncora não é a nossa estabilidade interna, mas a fidelidade externa de Deus. Quando a neblina emocional desce, não podemos confiar em nosso coração; devemos nos agarrar ao que sabemos ser verdade. É aqui que usamos as duas grandes âncoras da fé: a Memória e a Promessa. A Memória olha para trás e diz: "Eu me lembro de que Deus já foi fiel" (como em Lamentações 3:21). A Promessa olha para a Palavra e diz: "Mesmo que eu não sinta, Ele disse que é fiel". A fé, no vale, é o ato de vontade de nos amarrarmos a estas âncoras, acreditando que elas nos segurarão, mesmo quando formos jogados de um lado para o outro.

Para usar esta âncora hoje, vamos praticar a fé da Memória. Pegue seu caderno. Em vez de se concentrar no que você não sente agora, escreva em detalhes uma vez em seu passado em que Deus foi fiel, em que Ele o livrou ou o sustentou. Leia essa história em voz alta para si mesmo, como um lembrete de que o caráter d'Ele não muda, mesmo quando seus sentimentos mudam.

Para aprofundar essa entrega, reflita honestamente sobre estas questões:

  1. Em uma escala de 1 a 10, o quanto sua fé depende de seus sentimentos diários?

  2. Além da sua própria memória, quem em sua comunidade (um amigo, um pastor, um familiar) pode ser um "guardião da memória" para você, lembrando-o da fidelidade de Deus?

  3. O que significa para você "apegar-se" a uma promessa que você não sente ser verdadeira no momento?

Vamos levar essa verdade ao Pai em oração: Pai, eu Te confesso que hoje, talvez, eu não sinta nada. A neblina está densa e meus sentimentos desapareceram. Mas eu não quero que minha fé seja refém das minhas emoções. Por isso, eu escolho me apegar, não ao que eu sinto, mas ao que eu sei: que Tu és fiel. Eu me agarro à Tua Palavra e à memória da Tua bondade. Sê a minha âncora neste vale. Em nome de Jesus. Amém.

A fé não é o que sentimos na neblina; é a âncora que nos impede de sermos levados por ela. Hoje, aprendemos a nos agarrar às âncoras da memória e da promessa. Mas a noite escura não dura para sempre. Mesmo na neblina, há uma expectativa. Como lidamos com a espera pela luz? O que fazemos quando a escuridão parece ser a única realidade? Amanhã, em nosso último encontro, vamos nos agarrar à promessa da luz inesperada.

Essa mensagem falou com você? ✨ Comente aqui embaixo um "lembrete" da fidelidade de Deus que pode servir como âncora para você hoje. Compartilhe este devocional com alguém que se sente "dormente" e precisa saber em que se segurar. Aprofunde sua jornada de fé com meus livros. Clique aqui para conhecer: https://www.propagandoapalavra.com.br/livros

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