A LIBERDADE QUE PERDOA
- Flávio Macieira
- 3 de set.
- 3 min de leitura
Por: Pastor Flávio Macieira - 2025
Dia 2 da série "O Amor Imperfeito: A Graça nos Relacionamentos que nos Cansam".

Imagine que alguém o feriu profundamente e, em sua raiva, você decide se vingar. Mas sua vingança é estranha: todos os dias, você pega um pequeno frasco de veneno e bebe uma gota, esperando que, de alguma forma, a outra pessoa morra. Absurdo, não é? Mas é exatamente isso que fazemos quando nos recusamos a perdoar. A amargura, o ressentimento, a falta de perdão — são um veneno que nós bebemos diariamente, na esperança de que ele machuque o outro, mas que, no fim, só destrói a nós mesmos por dentro.
A cultura do mundo nos diz que o perdão é um sinal de fraqueza, que é "deixar o outro se safar". Mas a sabedoria de Deus nos mostra que o perdão não é primariamente para o outro; é um ato de libertação para nós mesmos. É o antídoto que nos impede de morrer envenenados.
Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo. Efésios 4:32 (NVT)
O apóstolo Paulo nos dá o segredo e a força para o perdão em uma única frase. Ele não diz: "perdoem porque o outro merece" ou "perdoem quando vocês sentirem vontade". Ele ancora nosso perdão horizontal (uns aos outros) em nosso perdão vertical (Deus para conosco). O padrão é: "perdoem assim como Deus os perdoou em Cristo". O perdão não é um sentimento que precisamos fabricar; é uma decisão de obediência que tomamos em resposta a uma graça que já recebemos.
Quando um devedor que teve uma dívida de um milhão de reais perdoada encontra um colega que lhe deve dez reais, ele tem duas opções: pode agarrar o colega pelo colarinho e exigir o pagamento, ou pode se lembrar da misericórdia que recebeu e estendê-la adiante. Nós somos o devedor do milhão de reais. Nossa dívida de pecado contra um Deus santo era impagável, e em Cristo, ela foi completamente cancelada. Como podemos, então, nos recusar a perdoar a dívida de "dez reais" que alguém tem conosco?
Perdoar não significa esquecer a dor, nem necessariamente restaurar a confiança imediatamente. Perdoar é cancelar a dívida. É tomar a decisão de não mais carregar a ofensa, de não mais beber o veneno da amargura. É um ato de liberdade, onde escolhemos viver na mesma graça que nos libertou.
Que tal escolher a liberdade hoje?
O passo de fé hoje é um ato de cancelamento de dívida. Pense em uma pessoa que o feriu e cujo perdão você tem retido. Pegue seu diário. Em uma folha, escreva o nome da pessoa e a ofensa. Em seguida, ore e, como um ato de obediência a Deus, escreva sobre o nome dela as palavras: "Em Cristo, a dívida está cancelada". Depois, rasgue esse papel como um símbolo de que você não vai mais carregá-lo. Você está entregando o julgamento a Deus.
Agora, permita-se um momento de reflexão honesta:
Perdoar, para você, parece mais com fraqueza ou com liberdade? Por quê?
Existe alguma "dívida" que você se recusa a cancelar porque sente que a pessoa "não merece"?
Como a meditação na enormidade do perdão de Deus por você em Cristo pode suavizar seu coração em relação a quem o feriu?
Vamos buscar no Senhor a força para perdoar.
Pai, eu confesso que meu coração está pesado com o veneno da falta de perdão. Eu tenho guardado ressentimento e amargura, e isso está me destruindo. Obrigado por me perdoares de uma dívida que eu nunca poderia pagar. A Tua graça para comigo é avassaladora. Hoje, em obediência e gratidão, eu escolho perdoar [mencione mentalmente a pessoa]. Eu cancelo a dívida. Liberta-me das correntes da amargura e enche-me com a liberdade e a paz que vêm de viver no Teu perdão. Em nome de Jesus, Amém.
Guardar rancor é se acorrentar a um inimigo. Perdoar é pegar a chave e ir embora.
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