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A ALEGRIA NAS CORRENTES

Por: Pastor Flávio Macieira - 2025 | Dia 1 da série "A MENTALIDADE DA ALEGRIA"

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Você já ficou preso em um engarrafamento monumental? Daqueles em que o carro simplesmente não anda e a frustração começa a borbulhar. Nossa reação imediata é focar na restrição: "Estou atrasado", "Isso está arruinando meu dia", "Eu deveria ter vindo por outro caminho". Vemos o trânsito apenas como um obstáculo que nos impede de chegar onde queremos. Mas, e se, nesse tempo forçado de pausa, você ouvisse no rádio uma mensagem que mudasse sua vida? E se a ligação que você decidiu fazer para passar o tempo acabasse se tornando uma conversa de reconciliação? E se o engarrafamento, o seu problema, se tornasse, sem querer, a ponte para algo bom?


É incrivelmente difícil enxergar propósito em meio às nossas restrições. Vemos nossas "correntes" — seja uma doença crônica, uma crise financeira, um chefe difícil ou um relacionamento estagnado — como barreiras que nos impedem de viver o plano de Deus. O apóstolo Paulo, escrevendo da prisão, nos oferece uma perspectiva radicalmente diferente. Ele não via suas correntes como um obstáculo ao evangelho; ele as via como um instrumento para o avanço do evangelho.


Ele nos convida a olhar para as suas correntes e ver a mão soberana de Deus em ação:

“Quero que saibam, irmãos, que tudo que me aconteceu tem servido para o avanço do evangelho. Como resultado, toda a guarda do palácio e todos os demais aqui sabem que estou acorrentado por causa de Cristo. E, por causa de minhas correntes, a maioria dos irmãos se sente mais confiante no Senhor e anuncia a palavra de Deus com mais coragem e sem medo.” Filipenses 1:12-14 (NVT)

Há uma honestidade visceral aqui. Paulo não finge que a prisão é agradável. Ele está, literalmente, "acorrentado". Ele sente o frio do metal, a perda da liberdade, a ameaça constante da morte. Ele não nega a dor de sua circunstância. No entanto, sua alegria não está fundamentada na ausência de dor, mas na presença de propósito. A paixão que queima em seu coração não é pela sua própria liberdade, mas pelo avanço do evangelho. E essa paixão redefine tudo.


A sua perspectiva muda a pergunta. Ele não está perguntando: "Deus, por que estou preso?". Ele está observando: "Deus, olhe o que o Senhor está fazendo através da minha prisão!". Ele percebeu que, acorrentado a um guarda romano, ele tinha um auditório cativo e rotativo para pregar sobre Cristo. Sua prisão se tornou um púlpito. E mais: sua coragem em meio ao sofrimento inspirou outros cristãos a serem mais ousados! O que parecia uma derrota para o evangelho se tornou um catalisador para ele.


Esta é a primeira lição da mentalidade da alegria: a alegria bíblica não depende da ausência de correntes, mas da certeza de um propósito que é maior que elas. É a capacidade de olhar para o nosso "engarrafamento" e perguntar: "Senhor, o que o Senhor quer que eu veja aqui? A quem o Senhor quer que eu alcance aqui? Como o Senhor pode usar esta minha limitação para a Sua glória?".


Que tal tentarmos aplicar essa mentalidade hoje?


Identifique uma "corrente" específica em sua vida neste momento. Algo que o faz se sentir preso e limitado. Em um papel, escreva o nome dessa dificuldade. Agora, em vez de listar os motivos pelos quais ela é ruim, peça ao Espírito Santo que lhe mostre duas maneiras — ainda que pequenas — pelas quais Ele poderia estar usando essa situação para um propósito maior. Talvez seja para forjar seu caráter, para torná-lo mais dependente dEle, ou para ser um testemunho silencioso para alguém que está observando sua reação.


Para que essa verdade comece a transformar sua mente, reflita sobre estas perguntas:

  • Qual "corrente" em sua vida você tem enxergado apenas como um obstáculo, e não como uma possível plataforma?

  • A alegria de Paulo vinha do "avanço do evangelho". Qual é a paixão ou o propósito maior que poderia sustentar sua alegria, mesmo quando as coisas estão difíceis?

  • Quem são os "guardas do palácio" em sua vida — as pessoas no seu trabalho, família ou vizinhança que estão observando como você lida com suas correntes?


Vamos levar essa nova perspectiva a Deus em oração.


Senhor, eu confesso que muitas vezes minha alegria está totalmente ligada às minhas circunstâncias. Quando as coisas vão bem, eu me alegro. Quando as correntes apertam, eu desanimo. Perdoa-me por focar mais em meu conforto do que em Teu propósito. Dá-me a mentalidade de Paulo. Ajuda-me a ver minhas dificuldades não como barreiras, mas como plataformas para o Teu evangelho. Que a minha vida, mesmo acorrentada, inspire outros a viverem com mais coragem para Ti. Em nome de Jesus. Amém.

A sua prisão pode ser a sua plataforma.

Essa mensagem falou com você? ✨

  • Comente aqui embaixo como essa perspectiva sobre as "correntes" muda algo para você hoje.

  • Compartilhe este devocional com alguém que está se sentindo preso em uma situação difícil.

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