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O PESO DE SER BOM O SUFICIENTE

Por: Pastor Flávio Macieira – 2025 | Série "O ESCÂNDALO DA GRAÇA"

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Nós conhecemos bem essa esteira rolante. É a esteira da vida espiritual, onde corremos sem parar, dia após dia, tentando alcançar um padrão que parece sempre se afastar. Um dia de leitura bíblica perdido, uma oração apressada, uma explosão de impaciência... e a sensação esmagadora de ter ficado para trás. O fardo de ter que ser “bom o suficiente” nos esgota. É como carregar uma mochila cheia de pedras, onde cada falha adiciona mais um peso, e a jornada, que deveria ser de liberdade, se torna um arrastar exaustivo de correntes invisíveis. Nós sorrimos na igreja, mas por dentro, estamos ofegantes, nos perguntando se um dia faremos o bastante para merecer o abraço de Deus.

O salmista Davi conhecia essa exaustão e a registrou com uma honestidade brutal: “Enquanto eu me recusava a confessar meu pecado, meu corpo definia e eu gemia o dia todo. Dia e noite, tua mão pesava sobre mim; minha força se esgotava como água no calor do verão.” (Salmo 32:3-4, NVT).

Ele descreve esse peso não como um ataque externo, mas como um definhar interno, um fardo autoimposto pela recusa em ser honesto sobre sua própria imperfeição. O silêncio sobre nossas falhas não as faz desaparecer; ele apenas as transforma em um fardo que consome nossa força. A mão de Deus não pesava sobre ele para esmagá-lo, mas para convidá-lo ao alívio. Muitas vezes, pensamos que nossa tarefa é apresentar a Deus um currículo impecável de boas obras, quando, na verdade, o único pré-requisito que Ele pede é um coração quebrantado, pronto para confessar: “Pai, eu não consigo. Estou cansado.” A graça não começa quando nos tornamos perfeitos. A graça começa exatamente onde estamos, no meio da nossa bagunça, ofegantes na esteira da autojustificação.

Que tal darmos um passo prático para fora dessa esteira? Hoje, pare de correr. Pegue um caderno e, em vez de listar suas metas espirituais, escreva uma área onde você se sente exausto de tentar ser bom o suficiente. Seja específico. Ao lado, escreva as palavras do Salmo: “Enquanto eu me recusava a confessar...”. Entregue essa área a Deus, não como uma promessa de que você vai melhorar, mas como um pedido de alívio.

Para aprofundar essa entrega, reflita honestamente sobre estas questões:

  1. Qual é a principal “pedra” na sua mochila espiritual neste momento?

  2. De que forma a busca por "ser bom o suficiente" tem roubado sua alegria em vez de promovê-la?

  3. Você tem mais medo de confessar suas falhas a Deus ou a si mesmo? Por quê?

Vamos levar essa verdade ao Pai em oração: Pai, minhas pernas estão cansadas e meus ombros doem sob o peso que eu mesmo insisto em carregar. Eu confesso que tentei te impressionar com minha força, mas ela se esgotou. Hoje, eu paro de correr. Receba minha exaustão e me ensine a descansar na verdade de que Teu amor não é uma recompensa pelo meu desempenho, mas um presente para a minha alma cansada. Em nome de Jesus, amém.

A vida cristã não é sobre ser forte o suficiente para carregar seus fardos, mas ser honesto o suficiente para entregá-los. Hoje, nós identificamos o peso da performance. Foi um passo crucial para encontrar o descanso. Mas o que acontece quando descobrimos que todo o nosso esforço, toda a nossa tentativa de sermos bons, pode não valer de nada na economia do céu? Amanhã, vamos dar um passo ainda mais desconfortável e libertador: vamos questionar o valor de tudo o que tentamos fazer para Deus.

Essa mensagem falou com você? ✨ Comente aqui embaixo como a verdade sobre o fardo da performance te tocou hoje. Compartilhe este devocional com alguém que precisa encontrar o descanso de Deus. Aprofunde sua jornada de fé com meus livros. Clique aqui para conhecer: https://www.propagandoapalavra.com.br/livros

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