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O DEUS QUE NÃO ESQUECE

Por: Pastor Flávio Macieira - 2025 | Salmo 9 na série "O CANCIONEIRO DA ALMA"

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Contam que, durante uma das grandes guerras, um jovem soldado foi gravemente ferido e deixado para trás por engano durante uma retirada apressada. Por dias, ele sobreviveu em uma trincheira abandonada, com seus ferimentos e a solidão como única companhia. O que mais o torturava não era a dor física, mas a agonia do esquecimento. A sensação de que seu sacrifício tinha sido em vão, que seu nome havia sido riscado da lista, que ninguém viria buscá-lo. Então, em uma manhã fria, ele ouviu o som de um veículo se aproximando. Era uma pequena equipe de resgate, uma missão quase suicida enviada por um capitão que se recusou a aceitar a perda. Ao ser encontrado, o soldado não chorou de alívio pela dor que terminaria, mas pela certeza de que ele não havia sido esquecido. Alguém se lembrou dele.


Essa história toca em um dos nossos medos mais profundos, não é mesmo? O medo de sermos esquecidos. Esquecidos em nossa luta, em nossa dor, em nossa fidelidade silenciosa. Olhamos para o mundo, vemos a maldade prosperar e, em nosso coração, a pergunta sussurra: "Será que Deus se esqueceu de mim?". O Salmo 9 é o hino de guerra contra esse medo. É o grito de um homem que, mesmo sentindo a pressão dos inimigos, ancora sua esperança em uma verdade inabalável: Deus tem uma memória perfeita para a justiça.

Davi nos ensina a cantar a canção da confiança no meio da crise:

“O Senhor é refúgio para os oprimidos, fortaleza em tempos de aflição. Os que conhecem teu nome confiam em ti, pois tu, Senhor, não abandonas os que te buscam. Cantem louvores ao Senhor, que reina em Sião; anunciem entre as nações o que ele tem feito. Pois aquele que vinga o sangue derramado não se esquece; não ignora o clamor dos aflitos.” Salmo 9:9-12 (NVT)

Há uma paixão aqui que inflama a alma! Davi não baseia sua confiança em um sentimento, mas em um fato histórico: "Os que conhecem teu nome confiam em ti". Conhecer o nome de Deus, na cultura hebraica, era conhecer Seu caráter, Suas ações passadas, Sua reputação. Davi está dizendo: "Eu olho para a minha história, eu vejo como o Senhor já agiu, e por isso eu confio!". A nossa fé se alimenta das memórias da fidelidade de Deus.


E qual é o centro do caráter de Deus que nos dá tanta segurança? Ele é "refúgio para os oprimidos" e "não ignora o clamor dos aflitos". Eu confesso que, às vezes, minha oração parece um grito no vazio. Este Salmo nos assegura do contrário. Deus tem um ouvido perfeitamente sintonizado com a frequência da aflição. Ele é "aquele que vinga o sangue derramado", o Juiz que não deixa nenhuma injustiça passar impune em Seu tribunal.


Isso muda a forma como enfrentamos a maldade no mundo. Em vez de nos desesperarmos com a aparente vitória dos arrogantes, somos chamados a confiar no cronograma da justiça divina. Em vez de nos consumirmos em vingança, somos convidados a entregar nossa causa ao Advogado dos aflitos. A nossa tarefa não é garantir que a justiça seja feita; é clamar Àquele que é a própria Justiça e louvá-lo antecipadamente pela vitória que Ele certamente trará.


Que tal ativarmos nossa memória da fidelidade de Deus?


Pegue seu diário e crie uma "Lista da Memória". Escreva três situações passadas em que você se sentiu aflito ou oprimido, e nas quais Deus, de alguma forma, se mostrou como seu refúgio e socorro. Relembre os detalhes. Agradeça especificamente por cada uma. Use esta lista como sua âncora de confiança para a aflição que você enfrenta hoje, lembrando a si mesmo: o Deus que não se esqueceu de mim ontem é o mesmo que não se esquecerá de mim hoje.


Para que a justiça de Deus se torne a nossa esperança, vamos refletir juntos:

  • Como o ato de "lembrar" a fidelidade passada de Deus pode fortalecer sua fé para as batalhas presentes?

  • De que maneira a certeza de que Deus "não ignora o clamor dos aflitos" te liberta para ser mais honesto em suas orações?

  • Quem ao seu redor precisa ouvir que existe um Juiz no céu que não se esquece dos oprimidos?


Vamos clamar ao Deus que nunca se esquece.


Senhor, Juiz de toda a terra, eu te louvo porque o Teu nome é digno de confiança. Eu me lembro das muitas vezes que o Senhor foi meu refúgio e fortaleza. Perdoa-me pelas vezes que duvidei da Tua justiça e do Teu cuidado. Hoje, eu me uno ao clamor dos aflitos e peço: levanta-Te. Não te esqueças da nossa causa. Confiamos que o Senhor ouve nosso clamor e que, no tempo certo, farás a Tua justiça prevalecer. Até lá, cantaremos louvores ao Teu nome. Amém.

No tribunal do céu, o clamor do aflito nunca é arquivado.

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