O DEUS QUE CONHECE SEU NOME

Por: Pastor Flávio Macieira – 2025 | Série "O REFÚGIO INABALÁVEL"

Você já se sentiu invisível no meio do seu problema?

Muitas vezes, o que mais dói no sofrimento não é a dor em si, mas a sensação de solidão profunda que o acompanha. Sentimos que Deus está lá no céu, ocupado gerenciando o universo, enquanto nós estamos aqui embaixo, perdidos na multidão de necessitados. Acreditamos que Ele é grande, sim. Mas a dúvida que nos assalta na madrugada é: será que Ele é pessoal? Será que Ele sabe exatamente o que está acontecendo no meu endereço, no meu coração, neste exato minuto?

O profeta Naum não nos deixa com essa dúvida. Depois de afirmar que Deus é bom e é uma Fortaleza, ele acrescenta a verdade que transforma teologia em relacionamento:

“...e conhece os que nele se refugiam.” (Naum 1:7, NAA)

A palavra hebraica para "conhece" aqui é yada. Não é um conhecimento intelectual, de saber fatos sobre alguém. É um conhecimento íntimo, relacional e profundo. É o mesmo tipo de conhecimento que um pai tem de um filho, ou um marido de uma esposa.

Deus não apenas protege "o povo" de forma genérica. Ele conhece você.

Ele conhece a textura exata da sua dor. Ele sabe o nome do medo que te acorda às 3 da manhã. Ele sabe quantas lágrimas você já derramou e quantas ainda está segurando. Quando você corre para a Fortaleza, você não é um refugiado anônimo recebendo um número.

Você é um filho voltando para casa.

O porteiro da Fortaleza é o seu Pai. E Ele estava esperando por você. Saber que somos conhecidos muda tudo. Não precisamos explicar nossa dor para Deus como se Ele não soubesse. Podemos simplesmente nos lançar em Seus braços, sabendo que somos compreendidos antes mesmo de falarmos.

O refúgio de Deus não é um abrigo público impessoal; é um abraço de Pai.

Para experimentar essa intimidade hoje, tire cinco minutos para ficar em silêncio. Não peça nada. Apenas diga: "Pai, obrigado porque Tu me conheces". Deixe essa verdade — de ser totalmente conhecido e totalmente amado — lavar a sua solidão.

Para aprofundar essa entrega, reflita honestamente sobre estas questões:

1. Você tende a ver Deus mais como um "Gerente do Universo" distante ou como um Pai que conhece os detalhes da sua vida?

2. Como a solidão tem ampliado o seu sofrimento recente?

3. O que muda na sua oração quando você se lembra de que Deus já sabe o que você vai dizer antes de você abrir a boca?

Hoje, descobrimos que somos conhecidos. Mas, se Deus é bom, é uma Fortaleza e nos conhece... o que nos impede de correr para Ele? Por que tantas vezes ficamos do lado de fora, tentando resolver sozinhos? Amanhã, em nosso último encontro, vamos aprender a arte prática de se refugiar.

Oremos ao nosso Pai celestial: Pai, obrigado porque não sou um número na multidão para Ti. Tu me conheces. Tu vês minha dor, ouves meus pensamentos e sabes o meu nome. Perdoa-me por agir como se estivesse sozinho no universo. Hoje, eu descanso no Teu conhecimento íntimo. Eu não preciso explicar tudo, porque Tu já sabes. Eu apenas me entrego a Ti, meu Pai e minha Fortaleza. Em nome de Jesus. Amém.

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