Confie: Deus é Sempre Justo
- Flávio Macieira
- 1 de mai.
- 4 min de leitura
Por: Pastor José Flávio Macieira — 2025

Quando as circunstâncias parecem gritar "injustiça!", onde podemos firmar nossa confiança?
"Portanto, escutem-me, homens de entendimento. Longe de Deus o praticar o mal! Longe do Todo-poderoso o cometer injustiça! [...] Na verdade Deus não pratica o mal; o Todo-poderoso não perverte a justiça." (Jó 34:10, 12 NVI)
Em seu segundo discurso, Eliú se dirige aos "homens de entendimento" e lança uma defesa apaixonada do caráter de Deus, focando em um atributo fundamental: Sua perfeita justiça. Confrontando o que ele percebeu como acusações de Jó contra a retidão divina (vv. 5-9), Eliú declara enfaticamente a impossibilidade de Deus agir injustamente. Sua mensagem ecoa como um lembrete poderoso para nós, especialmente quando a dor ou a confusão nos tentam a questionar a bondade e a retidão do nosso Criador.
O argumento central de Eliú é claro: é inconcebível que Deus, o Todo-Poderoso, pratique o mal ou perverta a justiça (vv. 10, 12). Por quê? Primeiramente, porque Ele é Aquele que retribui às pessoas segundo as suas ações (v. 11). Mais fundamentalmente, Ele é o Criador Soberano e Sustentador de toda a vida (vv. 13-15). Se Deus, que deu o fôlego de vida, decidisse retirá-lo, toda a humanidade pereceria. Como poderia Aquele que é a fonte de toda a ordem e existência agir contra Sua própria natureza justa? Seria uma contradição essencial.
Eliú afirma que a própria ideia de governo justo depende do caráter de Deus. "Poderia governar quem odeia a justiça?", ele pergunta retoricamente (v. 17). Aquele que governa o universo deve ser justo.
Além de Sua natureza inerentemente justa, Eliú ressalta a certeza do juízo justo de Deus, baseada em Sua imparcialidade e onisciência. Ao contrário dos juízes terrenos, Deus não mostra parcialidade para com príncipes nem favorece o rico em detrimento do pobre, "pois todos são obra de suas mãos" (vv. 18-19). Sua justiça é perfeitamente equânime.
Ademais, nada escapa ao Seu olhar. "Os seus olhos estão sobre os caminhos do homem; ele vê todos os seus passos" (v. 21). Não há lugar escuro ou sombra profunda onde os malfeitores possam se esconder de Sua presença (v. 22). Eliú descreve um Deus que está plenamente ciente de todas as obras humanas (v. 25).
Essa visão completa e imparcial permite que Deus execute Seu juízo de forma soberana e eficaz. Ele não precisa de longos processos ou investigações (vv. 23-24). Ele age quando e como determina, quebrando os poderosos e julgando os ímpios por suas ações (vv. 24-28). A justiça humana pode falhar, ser lenta ou ter pontos cegos, mas Eliú nos assegura que a justiça divina é onisciente, imparcial e, em última instância, inevitável.
O que essa defesa fervorosa da justiça de Deus por Eliú significa para nós hoje? Ela nos oferece um fundamento sólido para a confiança inabalável. Mesmo quando as ondas da adversidade ou da injustiça aparente nos atingem, podemos nos ancorar no caráter imutável de Deus. Ele é justo. Nossa segurança não está em entender cada detalhe de Seus planos, mas em confiar em Quem Ele é.
Isso também nos traz segurança na responsabilidade. Saber que Deus vê tudo e retribui com justiça é um conforto para quem sofre injustamente e um chamado à sobriedade para todos nós. Cada ação, palavra e intenção está descoberta diante Dele.
Finalmente, podemos encontrar paz em Sua soberania. O Juiz de toda a terra fará o que é certo (Gênesis 18:25). Podemos entregar nossas causas a Ele, liberar a amargura e descansar na certeza de que Seu juízo final será perfeito. Como Paulo afirmaria mais tarde, respondendo a questionamentos sobre a justiça divina:
"Que diremos, então? Deus é injusto? De maneira nenhuma!" (Romanos 9:14 NVI)
Desafio: Analise seu coração: há alguma situação em sua vida ou no mundo que está te levando a duvidar da justiça de Deus? Converse com Ele sobre isso honestamente, mas termine reafirmando sua fé no caráter Dele, como Eliú fez. Declare em oração: "Longe de Ti a injustiça, ó Deus! Eu confio em Tua retidão, mesmo sem entender tudo."
Oração: Deus Justo e Soberano Juiz, nós Te louvamos porque a injustiça e a maldade estão longe de Ti. Teu trono se firma em retidão e justiça. Perdoa-nos quando duvidamos do Teu caráter por causa das circunstâncias que não compreendemos. Fortalece nossa fé para confiarmos plenamente em Tua justiça perfeita e em Teu tempo soberano. Ajuda-nos a viver debaixo do Teu olhar, buscando nós mesmos praticar a justiça e a retidão. Em nome de Jesus, amém.
Hora de Refletir:
Como a verdade do caráter perfeitamente justo de Deus pode mudar sua perspectiva sobre o sofrimento ou a injustiça que você experimenta ou observa?
De que maneira a onisciência de Deus (Ele vê tudo, v. 21) é um conforto para você? E de que maneira ela te desafia?
Em quais áreas da sua vida você precisa liberar o controle e confiar mais ativamente na soberania e justiça de Deus?
As nuvens da circunstância podem esconder o sol, mas não mudam a natureza justa de Deus. Confie!
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