A FORÇA QUE SUPORTA
- Flávio Macieira
- 2 de set.
- 3 min de leitura
Por: Pastor Flávio Macieira - 2025
Dia 1 da série "O Amor Imperfeito: A Graça nos Relacionamentos que nos Cansam".

Você já teve um par de sapatos que, apesar de lindos, tinham um único ponto de atrito? Um lugarzinho que insiste em raspar no seu calcanhar, transformando uma caminhada que deveria ser agradável em um exercício de irritação e dor. Muitas vezes, nossos relacionamentos mais próximos são assim. Amamos a pessoa, mas há um "ponto de atrito" — um hábito, uma opinião, um jeito de ser — que nos raspa da maneira errada, dia após dia. Nossa tendência natural é querer jogar o sapato fora, ou seja, nos afastar da pessoa. Mas a Bíblia nos oferece uma solução mais forte e curadora.
Em um mundo que nos encoraja a cortar relações ao primeiro sinal de desconforto, a sabedoria de Deus nos chama para um caminho mais excelente e, admitidamente, mais difícil. Ele começa a receita para relacionamentos duradouros não com sentimentos, mas com uma atitude de força e graça.
Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Colossenses 3:13 (NVT)
A palavra "suportar" aqui pode soar passiva, como se fôssemos ser um capacho para os outros. Mas o original grego é muito mais forte. Significa "aguentar firmemente", "ter paciência com", "dar espaço para". É a força de um pilar que aguenta o peso de um teto. É a graça de dar espaço para a imperfeição do outro, de fazer concessões para suas falhas e manias — aqueles "pontos de atrito".
De onde tiramos essa força sobre-humana? Paulo nos dá a fonte de energia no final do versículo: "Perdoem como o Senhor lhes perdoou". O fundamento para o nosso amor imperfeito pelos outros é o amor perfeito e imerecido de Deus por nós. Ele não esperou que nos tornássemos perfeitos para nos amar. Ele nos amou em meio à nossa bagunça, com todos os nossos pontos de atrito contra a santidade Dele. Ele nos "suportou" na cruz.
Quando nos lembramos da imensa paciência e graça que Deus tem conosco, nossa impaciência com os outros começa a parecer pequena. A força para suportar o hábito irritante de um cônjuge ou a opinião teimosa de um amigo não vem de nossa própria reserva de paciência, que é rasa. Vem do poço profundo e inesgotável da graça que recebemos de Cristo. É essa graça que nos impede de desistir das pessoas ao primeiro sinal de desconforto.
Que tal exercitar esse músculo da graça hoje?
O passo de fé hoje é um exercício de perspectiva. Identifique uma pessoa em sua vida que tem sido um "ponto de atrito" para você. Em vez de orar para que essa pessoa mude, faça uma oração diferente. Em seu diário, primeiro, liste três falhas ou pecados seus que Deus já perdoou. Em seguida, agradeça a Ele por ter "suportado" você. Por fim, peça a Deus que lhe dê uma pequena medida dessa mesma graça para "suportar" aquela pessoa, apenas por hoje.
Agora, permita-se um momento de reflexão honesta:
Qual "ponto de atrito" em um relacionamento próximo tem mais desgastado sua paciência ultimamente?
É mais fácil para você lembrar das falhas dos outros ou das suas próprias falhas que foram perdoadas por Deus?
Como a lembrança do perdão de Cristo pode transformar sua reação na próxima vez que aquela pessoa te irritar?
Vamos buscar no Senhor a força para amar.
Pai, eu confesso que minha paciência é curta. Eu me irrito facilmente com as falhas dos outros e esqueço rapidamente das minhas. Obrigado por me suportares com um amor tão paciente e gracioso. Perdoa minha arrogância e enche-me com a Tua graça. Hoje, eu peço força não para mudar os outros, mas para que Tu me mudes. Ajuda-me a suportar, a perdoar e a amar, assim como o Senhor me amou primeiro. Em nome de Jesus, Amém.
A capacidade de suportar a imperfeição dos outros nasce da gratidão pela graça que cobre a nossa.
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